terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Caminhos de Outono


Entre cigarros e o fumo nostálgico que se liberta dos meus lábios,.
fecho os olhos e viajo,
revejo as estradas por onde passei
as pessoas com que me cruzei,
e algumas, por tempos, lado a lado caminhei...
faces, sorrisos, ombros amigos
outros tantos perdidos e inimigos,
já fui cego, já vi o mundo
já estendi a mão e bati no fundo.
Orgulhoso, teimoso.
amante fervoroso,
lutei e perdi
e levantando-me, na verdade venci.,
Com raiva disse o que não devia
e não foi isso que trouxe alegria,
já voltei atrás na palavra dada.
chorei do nada,...
já gritei em silencio,
deixei um..procura-me..ao vento,
esperando que a resposta aos meus erros
seja um carinho de alento...
sendo herói de tudo fiz para não o parecer...
e quando cobarde enchi o peito até doer..
sem perceber magoei e quando pude não soube pedir perdão..
raio de orgulho que me deixa mudo...
sem perceber também ajudei e secretamente perdoei,
sem quererendo exigi demais acabando por te afastar
e culpei-te a ti, no fundo ainda o faço
e sentado, espero ouvir de novo o teu passo...
sou tudo e nada
sou todos os opostos
tudo isto fica
latente...
neste cigarro que termina em cinza

...resta-me por hora ser Outono,
deixar-me cair no chão.,..
e esperar que de mim.,..de um grão saia perdão,
crescer e ser Homem no Verão.

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